quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Greve de professores: adesão história

“Deixem-nos ser professores” foi esta a mensagem que professores e educadores do Ensino Público pretenderam transmitir ao Governo e, principalmente, à ministra da Educação, ao realizaram uma greve nacional, convocada para dia 3, insurgindo-se contra o modelo de avaliação de desempenho.
À semelhança do que aconteceu um pouco por todo o País, os docentes das oito Escolas Secundárias do concelho de Cascais também aderiram à greve, exigindo o final do actual modelo de avaliação dos professores.
Apesar de as portas se manterem abertas, a verdade é que as salas de aulas estiveram encerradas. A maioria das aulas ficou por dar nas oito escolas do ensino secundário. Resultado: centenas de alunos foram para casa, muitos já estavam avisados.
Na Escola Secundária de Alvide, “houve uma adesão muito grande”, referiu um elemento do conselho executivo, apesar de ainda não ter dados concretos para poder avançar com uma percentagem final.
O mesmo aconteceu na Escola Secundária IBN Mucana, em Alcabideche, e na Escola Secundária de Cascais, em que “a maioria dos professores fez greve. Está a haver aulas mas uma coisa mínima”.
Já na Escola Secundária da Cidadela, em Cascais, dos 44 professores existentes, apenas quatro se apresentaram no período da manhã de quarta-feira, entre as 8h30 e as 9h05, o que representou também elevada adesão.
Quanto à Escola Secundária de Carcavelos, “apenas um terço dos professores aderiu à greve. De 78 docentes, faltaram 26”.
Em S. João do Estoril houve um número bastante significativo de professores a faltarem. “De um total de 130 docentes apenas compareceram 17, o que é algo bastante revelador”.
Na Escola Secundária Fernando Lopes Graça, na Parede, o cenário repetiu-se: “a escola está praticamente vazia, sem professores. Apesar de não estar encerrada, muitos dos alunos foram para casa, outros preferiram permanecer nos espaços de convívio”.
Em S. Domingos de Rana, na Escola Frei Gonçalo Azevedo, passou-se o mesmo. “Dos 70 professores apenas temos 16 a trabalhar, com poucas aulas a decorrerem”.
Ao que o Correio de Cascais conseguiu apurar, a greve também se fez sentir nas escolas do primeiro ciclo e em alguns jardins-de-infância que, inclusivamente, encerraram portas.