Criar entre cinco a seis mil empregos no primeiro mandato e reduzir em mais de 30 milhões de euros a carga fiscal sobre os contribuintes são algumas das metas, ambiciosas, traçadas no programa eleitoral do Partido Socialista para Cascais. Quem o diz é o próprio presidente da comissão política concelhia do PS, Alípio Magalhães.
Um programa que tem como rosto Leonor Coutinho, ex-secretária de Estado da Habitação de António Guterres, a candidata que irá disputar a liderança da Câmara com António Capucho, do PSD, nas próximas eleições autárquicas.
Os cerca de 1500 empregos que o PS quer criar por ano em Cascais serão conseguidos, segundo Alípio Magalhães, à custa de um modelo de desenvolvimento económico para o concelho “robusto e sustentável”, ligado ao mar e ao Parque Natural Sintra-Cascais, e assente nos sectores do turismo, saúde e ambiente.
“Um desenvolvimento do turismo ligado ao mar que não passa apenas por atrair para a região eventos como campeonatos de vela, mas também por dar condições à instalação de empresas ligadas a actividades relacionadas com aquele recurso, que ao mesmo tempo sejam geradoras de emprego”, afirmou Alípio Magalhães.
A própria aposta no sector da saúde tem também como objectivo atrair mais turistas para a região.
Quanto à redução da carga fiscal, Alípio Magalhães considera que “o executivo liderado por António Capucho está a cobrar aos contribuintes todas as taxas municipais no limite máximo. Por isso, a autarquia registou no ano passado um saldo positivo de 30 milhões de euros”. Criticando o social-democrata, também candidato às próximas eleições, pela preocupação “excessiva com a tesouraria” em “detrimento da criação de melhores condições de vida” o líder da concelhia socialista assegura que “é possível reduzir todos os impostos municipais, desde o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) às derramas de IRC, IRS e outras taxas municipais, sem afectar o equilíbrio financeiro”. A apresentar dentro de um mês, o plano do PS para Cascais promete ainda um investimento entre 60 a 70 milhões de euros em habitação a custos controlados para 2000 jovens do concelho.
