O circuito internacional do Estoril registou em 2010 lucro na ordem dos 500 mil euros, contrariando a tendência de prejuízo que vinha sendo "norma" até agora. Uma redefinição no rumo estratégico a tomar provou uma aposta bem sucedida.
A Parpública, empresa de cariz estatal que gere o autódromo do Estoril, optou por um rumo de objectivos em termos de aproveitamento de infra-estruturas que se revela agora fundamental para o balanço positivo e proveitoso registado. Ao invés de apostar unicamente na realização de provas, internacionais ou nacionais, de desporto motorizado, a administração encetou esforços para que galas de apresentação de novos modelos automóveis ou testes a protótipos de grandes marcas passassem a ter no circuito do Estoril uma presença frequente e preferencial. Para além destes eventos serem geradores de maiores franquias de lucro e popularidade, a organização apenas de provas internacionais implicava o pagamento de elevadas cauções apenas para garantir a sua realização, o que implicava elevados custos para o Estado.
A arriscada aposta provou ser acertada, notoriamente pela realização ao longo do ano, entre outros, do aluguer do circuito por parte da BMW para testar o seu novo Série 5, à qual se seguiu a Volvo e a Mini.
Logradas que estão as hipóteses do regresso da Fórmula 1 ao Estoril, o circuito terá em 2011 o Moto GP como prova rainha a realizar-se no autódromo, sendo acompanhada igualmente pelo Campeonato de Resistência Le Mans Series, Campeonato GT de Espanha e a prova inaugural da Porsche GT3 do Brasil. |DP