sábado, 26 de março de 2011

Revista de imprensa: Carlos Carreiras afirma que Passos Coelho está preparado para ser primeiro-ministro

O presidente do Instituto Sá Carneiro (PSD), Carlos Carreiras, afirmou hoje que Pedro Passos Coelho está preparado para ser líder do Governo, ao contrário dos quatro últimos primeiro-ministros, manifestando total confiança na sua governação.
"Esta crise a que hoje chegámos é devida aos últimos quatro primeiro-ministros [António Guterres,Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates] não terem tido tempo de preparação até chegar ao Governo. O Passos Coelho teve tempo e aproveitou-o muito bem. Ele tem um conhecimento profundo do país e conseguiu estabelecer com vários setores da sociedade uma grande proximidade", disse o também presidente da câmara de Cascais e presidente do Instituto Sá Carneiro.
O líder da distrital de Lisboa do PSD comentava à agência Lusa os acontecimentos de quarta-feira, afirmando que o pedido de demissão de José Sócrates "já era um ato anunciado" e que o país atravessa agora um momento decisivo de "maturidade democrática".
"Vivemos em situação de grande dificuldade e esta é uma oportunidade para arrumarmos a casa do ponto de vista constitucional e político e, a realizar as eleições antecipadas, não poderia haver melhor momento que este", sustentou.
Questionado sobre eventuais coligações, Carlos Carreiras mostrou-se reticente sobre se deveriam ser assumidas antes ou depois das eleições, defendendo, contudo, um "entendimento alargado" e uma maioria absoluta para o PSD. 
"Dada a gravidade da situação que vivemos é fundamental que haja uma base de entendimento mais alargada possível. Devemos ser muito objetivos e pragmáticos, mas para mim não está claro uma coligação pré-eleitoral ou depois das eleições", concluiu.
Carlos Carreiras rejeitou ainda a possibilidade de integrar a equipa de Passos Coelho na candidatura àAssembleia da República, sublinhando que o seu único interesse político é autárquico e emCascais. 
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, apresentou a demissão ao Presidente da República por considerar que ficou sem condições para governar, depois de o Parlamento ter aprovado resoluções de rejeição de toda a oposição à atualização do PEC proposta pelo Governo.
O pedido de demissão de José Sócrates foi anunciado pela Presidência da República que, contudo, salienta que o Governo se mantém "na plenitude de funções até à aceitação daquele pedido". (Fonte: Jornal i online)
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico )