EDITORIAL
«É impossível ficar indiferente à difícil conjuntura. Seja em eventos públicos, culturais, políticos ou desportivos, todos sentimos, de uma forma ou outra, os efeitos daquela que já se afigura como a mais dura das crises da zona euro. Conforme faz questão de expressar nos seus discursos, o autarca Carlos Carreiras refere e bem que «juntos podemo-nos destacar mas somente juntos marcaremos a diferença». Em momentos especiais como os que vivemos, é verdade que aqueles que sempre viveram desafogados continuam bem e o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior. Mas há que descer à terra e encarar a dura realidade assente numa premissa: somos todos iguais e não podem ser os bens materiais que façam diferença. Na saúde e na doença não há dinheiro que nos valha assim como no emprego e no infortúnio. As grandes crises sociais, consequência da instabilidade económica, são também causadoras de ondas de solidariedade. E este é o aspeto positivo de tudo isto. Agora há que não esquecer este período e reforçar as relações humanas, porque a amizade e a cooperação é tudo o que a vida nos reserva de melhor enquanto seres humanos.»