quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

AMI inaugura infoteca contra “infoexclusão”

A Fundação AMI (Assistência Médica Internacional) inaugurou, no passado dia 15, em Cascais, a sua segunda infoteca nacional, um equipamento onde dezenas de pessoas carenciadas ou desempregadas poderão ter acesso a formação gratuita em tecnologias de informação, contribuindo assim para um “combate prioritário” à infoexclusão. Tal como a unidade de Vila Nova de Gaia, aberta há um ano, a “Infoteca Fnac/AMI Contra a Infoexclusão” de Cascais, a funcionar no Centro Porta Amiga da instituição, na Torre, dispõe de sete computadores, duas impressoras multifunções, uma máquina fotográfica e um ecrã LCD oferecidos pela Fnac, que assegurou também as obras da estrutura, mobiliário, “software”, material didáctico, consumíveis, monitor e assistência técnica.Tudo tecnologia de ponta para que os utilizadores possam aceder livremente à Internet e a outras ferramentas informáticas e, ao mesmo tempo, usufruir de acções de formação adequadas às suas necessidades.
Para a concretização deste projecto, a AMI e a FNAC contaram também com o apoio da HP Portugal para o fornecimento do equipamento informático e com a Galileu que disponibilizou o plano de formação e os formadores.
Numa primeira fase, estão previstos cinco cursos de iniciação à informática com uma duração de 66 horas e prioritariamente dirigidos a três grupos: crianças entre os seis e nove anos, adolescentes entre os 10 e 14 anos, e jovens e adultos em idade activa.
No fundo, estas acções pretendem estimular o interesse pela informática, preparar os alunos para a utilização da informática como ferramenta de apoio à realização de tarefas escolares, acesso a fontes de informação de procura activa de emprego e dotar os formandos dos conhecimentos necessários para a utilização da Internet de forma segura.
Além da valência de formação, a infoteca pode ser utilizada de forma livre e gratuita pelos frequentadores do Centro, num reforço ao combate à infoexclusão, que ainda regista valores elevados em Portugal.“Esta infoteca é muito importante para a AMI. É uma mais valia porque vamos mover muitas pessoas que nunca conseguiram estar à frente de um computador. Tenho a certeza absoluta de que vai ser maravilhoso para os nossos utentes”, explicou Marlene Santos, responsável do Centro Porta Amiga em Cascais, relembrando que as acções de formação, que já começaram e serão prolongadas até Maio, vão enriquecer os currículos profissionais da faixa etária mais visível no Centro, entre os 30 e 40 anos.De realçar que, em Cascais, o Centro regista uma média anual de 166 novos casos de pobreza e tem utentes de todo o concelho, mas principalmente do bairro onde está inserido, a Mata da Torre, que, segundo Marlene Santos, enfrenta hoje grandes dificuldades devido ao aumento do desemprego. Só no primeiro semestre deste ano, 39 pessoas procuraram o apoio do Centro pela primeira vez, elevando para 620 o número de utentes durante esse período.Até 2012, os Centros Porta Amiga de Lisboa, Coimbra e Porto serão também dotados de uma infoteca contra a infoexclusão.