quarta-feira, 8 de abril de 2009

Parede: Chalé Gradil no meio do betão

Com mais de 90 anos, o Chalé Gradil, uma pequena casa de traços antigos, de cor amarela, localizada bem no centro histórico da Parede, parece incomodar os restantes moradores e comerciantes à sua volta.
Quem o garante é o próprio proprietário do chalé, que herdou do seu avô este pequeno património e que tenta preservar. Contactado pelo Correio de Cascais, Manuel Andrade apresenta um rol enorme de reclamações, mostrando-se indignado com uma série de situações que diz não compreender.
Para começar “há uns sete anos abriram um buraco na estrada mas, além de demorarem imenso tempo a tapá-lo, fizeram-no mal. Vi-me obrigado a colocar uns painéis em frente às janelas e na porta de casa para não entrar água, em dias de chuva”, diz.
Entretanto, “pus um telhado novo, pintei a casa mas os pombos sujam tudo. É uma coisa horrível”.
Mas as reclamações não ficam por aqui…
“Outra situação que é uma autêntica vergonha prende-se com os caixotes do lixo mesmo à frente de minha casa. As pessoas em vez de depositarem o lixo dentro dos contentores, colocam-no no chão. Por vezes, com o vento, o lixo vai parar ao meu quintal”, acrescenta.
Manuel Andrade também lamenta o estado de degradação em que se encontra o edifício onde se situa o restaurante “Limo Verde”. “Não porque tenha algo contra o estabelecimento, muito pelo contrário, mas no prédio existe uma fossa que não está ligada ao colector principal. De vez em quando, é só ratos que vão parar ao meu quintal, por estar mesmo ao lado. Isto está assim há anos sem que se faça nada”, afirma.
E acrescenta: “o prédio está degradado, a precisar de obras. Aliás basta entrar e ver as paredes cheias de infiltrações”.
“São estas pequenas reclamações - que são muitas - mas que efectivamente dão azo a que o meu chalé se vá degradando. Parece que as pessoas não gostam da minha casa, não percebo porquê”, conclui.