segunda-feira, 1 de junho de 2009

Outeiro de Polima: moradores indignados com parque urbano

Os moradores do Largo das Turmalinas, em Outeiro de Polima, freguesia de S. Domingos de Rana, estão indignados com a construção de dois campos de jogos integrados no Parque Urbano do Outeiro de Polima, por estarem localizados junto aos prédios de habitação.
Na manhã de domingo, dia 31 de Maio, foram muitos os moradores que se reuniram junto ao local onde está já a ser construído um dos campos de jogos, em forma de protesto. E também em busca de soluções, alternativas.
Alegam não estar contra a construção do Parque Urbano, até porque representa uma mais-valia para a localidade, uma vez que será dotado de cafetaria, auditório ao ar livre e parque infantil, mas sim contra a localização dos campos, “não podemos concordar com a sua localizaçao devido aos óbvios inconvenientes que irá trazer para o nosso sossego e bem-estar”.
Porque entendem existir no projectado Parque Urbano espaço para outra localização dos campos de jogos, muitos dos residentes neste bairro uniram-se e fizeram um abaixo-assinado, com mais de 40 assinaturas recolhidas.
Documento este entregue ao presidente da Câmara Municipal de Cascais, no passado dia 25, solicitando igualmente uma reunião com o autarca. Porém, lamentam que, até ao momento, ainda não tenham recebido qualquer tipo de “feedback” por parte da autarquia. De lamentar também que não tenham sido ouvidos antes de as obras avançarem, na qualidade de primeiros interessados, e que não exista no local uma placa que identifique o projecto.
No caso de o assunto ficar esquecido, então ver-se-ão “obrigados” a avançar com uma providência cautelar para que as obras parem de imediato.
Presente no local, Manuel do Carmo Mendes, presidente da Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana, disse ao Correio de Cascais que “ninguém está contra a existência do Parque Urbano mas com tanto espaço livre, podiam construir o campo de jogos noutra zona do terreno e não tão junto aos prédios”.
Já em Novembro de 2008, quando viu o esboço do projecto, chamou a atenção da Câmara Municipal mas sem sucesso. “O campo só vai criar mau ambiente porque a sua utilização não vai ser feita pelos moradores, o que vai criar conflitos”, adiantou.
“Acreditamos que vamos a tempo se houver boa vontade”, afirmou António José Almeida Completo, representante dos moradores.