quinta-feira, 15 de abril de 2010

Alterações Climáticas – Plano Estratégico apresentado em Cascais

Foi apresentado ontem o Plano Estratégico de Cascais face às Alterações Climáticas tendo como base o estudo dos possíveis cenários, as áreas de impacte e estratégias de acção. Mitigação e adaptação são as principais linhas de actuação, numa altura em que se prevê a redução da população activa, o aumento da temperatura em 6,5º até final do século, e uma subida do nível do mar.
Segundo Viriato Marques, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a apresentação deste estudo “é um desafio que esconde uma oportunidade fantástica”, onde “a ciência e a política procuram a verdade e devem encontrar-se”, já que esta “é uma aliança fundamental da luta” face às alterações do clima.
O presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, disse na Casa das Histórias Paula Rego que a obrigação da autarquia é “identificar os recursos hídricos para os próximos cem anos”, tendo como base o PECAC, que serve como “instrumento fantástico” de sensibilização.”
Para o edil, “os municípios desempenham um papel fundamental, mas precisamos de ajuda de todos”, adiantando que “é importante despertar o público para um problema que é de todos”.
Procurar minimizar os efeitos negativos dos impactes das alterações climáticas é o caminho que se deve seguir, segundo o estudo apresentado ontem em Cascais, que aponta vários sectores que vão sofrer com as mudanças de clima.
No entanto, as projecções dos modelos apresentados basearam-se na evolução das emissões globais de gases com efeitos de estufa, que podem ser mitigadas através de estratégias que vão desde “a redução do consumo de combustíveis fósseis, estimular as energias renováveis e estimular a eficiência energética”. O objectivo é que até 2020 as emissões sejam reduzidas em 20%.
Os resultados apresentados indicam também que, até fim do século, a região de Cascais vai aquecer, com a elevação da temperatura média anual a chegar aos 6,5º, algo que interfere com outras áreas como a saúde, a biodiversidade, os recursos hídricos, a agricultura e as zonas costeiras.