quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tribunal de Contas visa contrato do novo hospital

O Tribunal de Contas visou o contrato de gestão do futuro Hospital de Cascais assinado entre o Estado e o grupo Hospitais Privados de Portugal (HPP).O documento havia sido chumbado em Julho, com a justificação fundamental de que o caderno de encargos da entidade privada incluía o tratamento de doentes oncológicos, enquanto o contrato de gestão não contemplava essa valência.“Houve uma alteração do perfil assistencial, no que toca à prestação de cuidados continuados, à assistência a doentes infectados com HIV e à eliminação da produção em hospital de dia médico em oncologia, relativamente ao previsto no caderno de encargos”, referia o acórdão.Quase quatro meses depois do parecer negativo e oito meses depois do lançamento da primeira pedra da unidade, o Tribunal de Contas decidiu agora autorizar o contrato “sem qualquer comentário adicional”.“Na sequência da recusa do visto, foram introduzidas alterações ao contrato, que foi novamente submetido a fiscalização prévia, tendo sido visado pela 1.ª Secção”,afirmou fonte oficial do grupo.Há mais de um ano que a ausência de um serviço de oncologia na nova unidade, que deverá abrir até ao final de 2009, causa polémica no município, tendo mesmo motivado fortes críticas dos profissionais do actual hospital e uma petição com mais de 18 mil assinaturas, entregue na Assembleia da República em Outubro de 2007.Com uma área de influência de 285.336 habitantes, o futuro Hospital de Cascais terá mais de uma dezena de especialidades médicas, cirúrgicas e materno-infantil e será dotado de urgência médico-cirúrgica e de Unidades de Cuidados Intensivos e Intermédios.O Grupo HPP, detido maioritariamente pela Caixa Geral de Depósitos, tem actualmente seis hospitais.