sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Solideriedade para com trabalhadores da fábrica de agulhas

Face o encerramento oficial da Fábrica de Agulhas Euronadel, na Abóboda, no passado dia 28, Manuel do Carmo Mendes, presidente da Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana, veio esclarecer, em comunicado, que:
“A Junta tem vindo a acompanhar, desde 2006, a situação laboral desta fábrica com grande preocupação. A diminuição progressiva dos postos de trabalho e a transferência de parte da maquinaria para a República Checa foram objecto de reuniões entre esta autarquia e os representantes quer da Euronadel, quer dos trabalhadores”.
Como tal o autarca não compreende “como é possivel uma empresa que, em Novembro de 2006, alegava, em reunião com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, nunca ter produzido tantas agulhas como na época e previa um incremento do volume de produção para 2007, encerra as suas portas volvidos apenas dois anos”, acrescentando ainda que “na altura, os responsáveis da Euronadel asseguraram que as preocupações então manifestadas por representantes sindicais, embora legitimas, não tinham razão de ser, acrescentando que a redução de pessoal, a acontecer, seria consubstanciada em saídas pontuais e sempre por acordo com os trabalhadores”.
Nesse sentido, “a Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana não pode deixar de expressar a sua solidariedade para com os 182 trabalhadores alvo de despedimento e os seus familiares, assim como manifestar o seu desagrado face ao encerramento da Euronadel junto da própria empresa, do Ministério da Solidariedade e do Trabalho e do Ministério da Economia”.
Também a Comissão Concelhia de Cascais do PCP se pronunciou quanto ao encerramento da fábrica. “É mais uma das já poucas fábricas do concelho de Cascais que fecha”, diz o comunicado, argumentando que “mais uma vez, os interesses dos trabalhadores e do sector produtivo do País são subordinados aos interesses de uma multinacional”.
A nota enviada à redacção do Correio de Cascais adianta ainda que “nos últimos anos já tinham surgido vários indícios deste cenário, com sucessivas reduções de pessoal e encerramento de linhas de produção e sua deslocalização para o estrangeiro”.
E conclui: “a Comissão Concelhia de Cascais do PCP repudia a posição assumida pela administração da Euronadel, de encerrar a fábrica, e solidariza-se com a luta dos trabalhadores em defesa da produção nacional e dos seus postos de trabalho, não deixando de responsabilizar o governo, se nada fizer para evitar a situação criada pela administração da empresa".