Desfiles ao ritmo de enérgicas pulsações marcam a 32.ª edição da ModaLisboaEstoril, que decorre de 12 a 15 de Março, em Cascais, sob o tema “Heart-Core”.
Durante quatro dias repletos de “espírito de intervenção, criatividade e solidez”, a Cidadela vai receber as colecções de conhecidos criadores portugueses para o próximo Inverno e o CascaisModa, evento que reúne as propostas de Verão de mais de uma dezena de lojas do centro histórico da vila.
Segundo a organização, o certame tem como principal desafio fazer surgir força e imaginação das fraquezas e das dificuldades, e é especialmente dedicada aos que “acreditam, insistem, aperfeiçoam e naturalmente se afeiçoam”.
De acordo com Eduarda Abbondanza, directora da Associação ModaLisboa, o símbolo desta edição – uma árvore – remete para uma árvore genealógica, já que em tempos de “insegurança”, as pessoas tendem a virar-se mais para a família e as estruturas de base, de que o evento é exemplo no contexto da moda nacional.
“Esta é uma edição difícil, não internamente, mas pelo contacto com o exterior. Janeiro foi um mês de contracção, de lentidão, e cerca de 70 por cento do investimento é privado, vem de multinacionais”, explicou.
Apesar das referências diárias à crise nos universos político e económico, a responsável não considera que se esteja a atravessar uma crise em termos globais, mas antes uma “alteração paradigmática no mundo”, conforme tem ouvido noutros países.
Como reacção, a ModaLisboaEstoril promete para os desfiles de Março uma mistura de tradição e inovação, com “a pulsão arterial dos atrevidos e o sopro dos inspirados”.
“Este heart [coração] do tema não é visto do ponto de vista romântico mas sim como órgão vital do corpo, cujo bater determina a vida. Referimo-nos à pulsão sanguínea de um músculo e nós temos muitos músculos”, concluiu a directora da Associação.
Com LUSA
